Eu não sei mais quem eu sou, pouco sei sobre onde estou; já não sei para onde vou, e nem ao menos sei se quero ir.
Prefiro esquecer e fingir que não existo, poder dormir e não acordar mais. Excesso de cafeína afeta a minha mente, deliro. Grito, corro, fujo, caio, morro... Acordo de madrugada, receio pelo pior, e ele acontece: estou viva, mais uma vez.
Paredes brancas e acolchoadas me envolvem, não sei por que estou aqui. Ouço gritos, eles vêm de todos os lados, mas no fundo sei que não vêm de lado algum. Minha mente está entorpecida, como um grande emaranhado de fios, que não levam à nada. Idéias corrosivas tumultuam-se, assustam, vêm e vão em velocidade surpreendente.
A porta se abre e homens de branco entram (são anjos? não, são demônios), prendem-me àquela maldita cama. Vejo uma agulha, ela é enorme, perfura minha pele, entra na veia; vou desfalecendo, enfraquecendo, sedada mais uma vez...
4 comentários:
Como julgar a loucura?
Como julgar o que é certo ou errado?
Quando li seu texto me lembrei de uma certa aula na faculdade, começei a escrever aqui e acabei postando no outro blog.
www.solando.blogspot.com
se quiser, ler. Seus texto foi o portal da lembrança.
hsuhasuahsuhasu..
respondendo ao Comentário.
Sempre sonhei com neve também e sempre foram sonhos felizes. Porém naquela época do texto não exitia nada de felicidade.
A solidão era a unica amiga.
Deve-se sonhar sim e acreditar nesse sonho. Minha mãe sempre me ensinou que a palavra "impossível" não poderia existir na minha vida. Eu poderia fazer tudo, era so acreditar.
Gostei muito do texto.
=)
Bom dia pra você.
=**
Pôxa, como você escreve bem.. Até me lembra a Lispector...
Que loucura. hehe
Adorei o ar do seu blog =)
parabéns.
Se puder confira "Ela", o texto inicial do meu blog moça. Gostei do aspecto noir do seu blog, além dos textos. Escreve deveras bem de fato. Este suscitou uma indagação que não sai da minha cabeça: e quando aqueles que nos amarram e entorpecem estão em todo o lugar? Não há lugar seguro. Não fora de "casa".
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