Estou além daquilo que você vê, e também daquilo que sinto. Sou uma porta entreaberta no subconsciente de cada um, gritando por socorro, e sendo excomungada a cada tentativa. Aqui estou eu, uma pequena partícula dentro de um imenso universo, buscando alguma explicação plausível para as minhas próprias idéias, mas não encontro-as. Busco-as em ti, reviro tua mente e embarcamos juntos em um tour para o inferno; apenas me proteja, jamais me abandone: deixe-me viver na obscuridade do teu inconsciente, então, juntos, iremos descobrir o mundo. Ouça os meus gritos, enxergue além da minha alma, sinta minhas dores e ajudarei-lhe a carregar sua cruz, pois quando dividimos nossos medos, tornamo-nos mais fortes.
Não feche a porta, deixe-me ficar.
7 comentários:
Texto enigmático e forte, provocativo, como a esfinge a evocar: "Decifra-me ou devoto-te".
Beijos.
Respostas? Idéias? Perdida?
Isso tudo vai muito além da nossa
conciência.
Segundo Freud os sonhos são desejos inconscientes de realizações insatisfeitas.
"Há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia"
(William Shakespeare)
Beijo's Fran.
Hm... que interessante, no inicio me lembrou "O Mundo de Sofia", depois, senti foi solidão =/
beijos.
Gostei imenso deste texto... Parabéns!
Já lestes o Nome da Rosa!!
Deve ser um ótimo livro!
Dividir o peso (da dor?), dividir dores, ouvir gritos da alma!
"embarcamos juntos em um tour para o inferno"
BEIJOS:p
Há quem fuja até das responsabilidades existenciais. A solidão é uma ilusão de liberdade, mas a liberdade não existe - e se existe, aliás, estaremos então todos condenados a ser livres, como já disse um francês.
Receio que dividir os medos não nos torna mais forte; apenas retarda o inevitável fracasso.
Não adianta.
Um beijo, até.
Gostei da fuga que este texto promove - ele escapa do habitual "niilismo" vigente em outros que escrevestes, moça - está ampliando tua narrativa decerto.
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