quarta-feira, 26 de março de 2008

Desconforto


Olhe para mim agora, eu estou aqui, por você e para você, e se pudéssemos fugir, nós caminharíamos juntos rumo ao infinito para inventar um novo mundo e fugir da dor. E agora, onde estão todas aquelas promessas? Perdidas entre pensamentos turbulentos, palavras são pedras que insistem em me ferir, pessoas são o conforto ilusório, que prevêem abandono e solidão.

Mas você não percebe, não vê que tudo volta ao normal, e os velhos fantasmas voltam a me atormentar. Sinto tanto frio, e tenho tanto medo... Olho para fora esperando algum sinal; mas a porta não abre, o telefone não toca, meu mundo ainda segue preto & branco. Quero as coisas como eram antes, um amor com cor, sem dor. Solidão em demasia, não se cura com televisão.

Chorando sozinha na mesa de um bar, com meu Sampoema ardendo no cinzeiro, logo eu, que antes buscava a fórmula do amor, agora busco uma receita caseira para curar a ressaca...

11 comentários:

Anonimo disse...

Poema adstringente este teu, com gosto de uma dose pura de algo forte, que espante a solidão do mundo.

Beijos.

Anônimo disse...

Que interessante... o seu mundo tbm fica em P&B qdo vc tá triste? Eu sempre digo que estou em um dia "cinza".

Johny Farias disse...

Medo, momentos assim todos
temos, basta ler algo assim
e ele vai embora. Pelo fato
de não se sentir sozinho.

Beijo's Fran

Bárbara Lemos disse...

Estranha essa sensação, né? E parece não ter fim... melhor se acostumar ou alimentar esperanças? Não sei.

Beijo, moça.

Ps: Não diga algo assim... você escreve muito bem. Muito melhor do que eu.

Elcio disse...

algo aqui me lembrou baudelaire.
gostei.
eh isso ai.
bjs

Anônimo disse...

Atualizei! =P
Ps - triste pelo hiatus, aguardando o retorno T_T

Ana Cláudia Zumpano disse...

Obrigada pela visita!!!
Adorei teu blog, tem muito a ver com meus gostos, adorei por demais... volte sempre no Delicada & Arredia, vou linkar vc lá, a parada aqui é obrigatória também!
ah e adorei a última estrofe: Chorando sozinha na mesa de um bar, com meu Sampoema ardendo no cinzeiro, logo eu, que antes buscava a fórmula do amor, agora busco uma receita caseira para curar a ressaca... qnts vezes já me vi assim com meu marlboro light... rsrsrs
bjos ;*

Fabricio Fortes disse...

às vezes é bem mais fácil encontrar a fórmula do amor do que a cura para uma ressaca..
o pior é quando já não se sabe a diferença entre uma e outra..

Di' stante Enfim disse...

Shakespeare estava certo: "Quando todos os propósitos(...) morrem frustros, tudo passa a ser feito sem propósito."

Nando Damázio disse...

Bonito isso .. Triste, mas bonito !!
Gostei da sua forma de escrever, não é um jeito colorido, é meio sombrio, e isso provoca uma atração especial pelas palavras ..
Virei mais vezes !!

Abraço, até mais !!

Anônimo disse...

poema instigante; e quando encotnrar a formula de curar a ressaca porfavor, dei-me um toque; por que eu tambem já cansei do amor, e a vodka assim fez e me acompanhou pra delirios e da realidade eu me despedir!
um beijo