sábado, 24 de julho de 2010

O que quero dizer é...

Palavra, palavra, onde foi que se perdeu? Sinto falta dos nossos laços estreitos, quando só você compreendia e exprimia o que se passa aqui por dentro. Preciso lhe encontrar, em alguma esquina ou dentro de um bueiro qualquer, sinto a sua falta. Pensei que te encontraria no fundo de uma garrafa de plástico, daquelas bebidas que nos arrancam um terço do fígado por gole, porém, meu único encontro foi com uma maldita dor de cabeça, algumas frases desconexas em língua que impossibilita tradução e meia dúzia de problemas para colecionar. Também lhe busquei em alguns litros do meu café amargo, o que me resultou em noites mal-dormidas, olheiras profundas e reflexões arrasadoras (que nunca consegui explicar a ninguém,  sequer compreendi o significado de tudo).
Por favor, volte para mim. Vamos superar essa distância e nos unir novamente, está ficando impossível prosseguir assim. Quando tento me explicar, você foge do meu alcance, deixando-me sozinha a balbuciar discursos incoerentes, tão superficiais quanto as marcas das antigas punições que me auto-infligi. Parece um tanto irracional, mas jamais posso lhe perder. Sou impulsiva demais para deixar que meus atos falem por mim, perder-lhe seria me matar aos poucos, e por dentro. A dor que sinto não se cura com analgésicos.

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